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Governo gastará R$ 1,870 bilhão na segurança da Copa

As pastas da Defesa e Justiça terão, juntas, um orçamento de R$ 1,870 bilhão para o esquema de segurança da Copa do Mundo. O evento vai contar com mais de 100 mil profissionais de segurança pública, entre forças federais e estaduais e cerca de 60 mil soldados das Forças Armadas, além de aproximadamente 20 mil agentes de segurança privada, totalizando 180 mil homens. O efetivo empregado em segurança será três vezes maior que o contingente que atuou na África do Sul, há quatro anos.

Entre as principais preocupações para a segurança do torneio, os protestos de rua receberam atenção especial no esquema. O governo investiu R$ 700 milhões na compra de armamento não letal para as polícias das cidades que sediarão as partidas. O valor corresponde a cerca de 7% do orçamento de R$ 1,170 bilhão do Ministério da Justiça para a segurança da Copa. Na conta do ministério entraram ainda a aquisição de lanchas, (R$ 2,4 milhões), notebooks (R$ 1,5 milhão) e a té uma sala cofre de R$ 134 milhões.

Nesta terça-feira, o chefe da secretaria extraordinária de Grandes Eventos do Ministério da Justiça, Andrei Rodrigues, e o chefe do estado maior das Forças Armadas, general José Carlos de Nardi, detalharam, em uma coletiva de imprensa ao lado de representantes da Fifa, do Comitê Organizador Local e da Abin, a estratégia de segurança elaborada para o torneio que começa na próxima quinta.

De acordo com Rodrigues, o Ministério da Justiça treinou 13 mil policiais nas cidades da Copa. Dentre os treinamentos está o de “boas práticas” no confronto com a sociedade civil em protestos. De acordo com ele, os treinamentos foram feitos a partir do aprendizado com os protestos que ocorreram na Copa das Confederações.

Responsável pela estratégia de segurança das Forças Armadas, o general De Nardi se disse confiante de que a polícia saberá agir contra os protestos. Segundo ele, soldados do exército só agirão nas ruas de alguma das cidades-sede se o governo estadual solicitar à presidente da República o dispositivo da Garantia da Lei e da Ordem (GLO), procedimento legal necessário para atuação de soldados com poder de polícia.

“O Rio de Janeiro estará em condições [de garantir a segurança em caso de protestos] porque a PM do Rio de Janeiro é muito boa. Ela conseguirá superar qualquer problema”, afirmou sobre a cidade que vai receber a final da Copa e onde já há um protesto marcado para o dia de abertura do torneio, na praia de Copacabana, local da Fifa Fan Fest , festa da Fifa para transmissão pública dos jogos.

Para o general, a atenção das Forças Armadas estará voltada para os estádios durante o torneio , não para a festa da Fifa. “Fan Fest é um problema de segurança pública. A nossa preocupação são os estádios, para onde todas as forças de contingência estarão voltadas”, disse.

Mísseis sobre prédios

De Nardi afirmou ainda que a instalação de artilharia anti-aérea no entorno dos estádios deve ocorrer prioritariamente em prédios públicos. No Rio, a Universidade Estadual do Rio de janeiro (UERJ) negou ontem a permissão para a instalação de mísseis em seu campus, que fica ao lado do Maracanã. O general não disse qual será a solução dada para os equipamentos na cidade onde ocorrerá a final da Copa.

 

Por: UOL Economia

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Publicado em: 12/06/2014 às 07:14

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