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Captação da poupança bate recorde para agosto e no acumulado do ano
Em agosto, R$ 4,64 bi entraram na poupança – maior valor para o mês.
Na parcial do ano, ingresso de recursos soma R$ 42,2 bilhões, diz BC.
O ingresso de recursos na caderneta de poupança segue batendo recordes sucessivos. Em agosto, os depósitos superaram as retiradas em R$ 4,64 bilhões, novo recorde para este mês, segundo informações divulgadas nesta quinta-feira (5) pelo Banco Central.
A série histórica da autoridade monetária para este indicador começa em 1995. Até o momento, a maior entrada líquida de recursos na caderneta de poupança, para meses de agosto, havia sido registrada em 2002 (R$ 3,96 bilhões).
Depósitos, retiradas e saldo
Em agosto, de acordo com o BC, os depósitos na caderneta de poupança somaram R$ 122,2 bilhões, ao mesmo tempo que as retiradas de recursos totalizaram R$ 117,5 bilhões. Já o volume dos rendimentos creditados nas contas dos investidores somou R$ 2,61 bilhões no mês passado.
Com o ingresso de recursos em julho deste ano, junto com o rendimento creditado na conta dos poupadores, o volume total de recursos aplicados na caderneta de poupança atingiu R$ 557 bilhões no fim do mês passado. No fechamento de 2012, o estoque de recursos na poupança totalizava R$ 496 bilhões e, em julho, atingiu a marca dos R$ 550 bilhões.
Dados do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), consolidadas pelo Banco Central, mostram que a caderneta de poupança continua atraindo milhões de pessoas. No fim de 2012 (último dado disponível), 108,9 milhões de pessoas possuíam valores depositados na caderneta de poupança.
Acumulado do ano também é recorde
Os números da autoridade monetária mostram que o ingresso de recursos na tradicional caderneta de poupança também bateu recorde nos oito primeiros meses deste ano.
Na parcial de 2013, R$ 42,2 bilhões ingressaram na modalidade, o que representa uma alta de 55% frente a igual período do ano passado (R$ 27,7 bilhões).
A entrada de recursos na poupança, nos oito primeiros meses deste ano, já se aproxima da marca registrada em todo ano de 2012 – quando R$ 49,71 bilhões ingressaram na caderneta de poupança.
Rendimento da poupança
Com a alta dos juros básicos da economia, definidos a cada 45 dias pelo Banco Central, para 9% ao ano no fim de agosto, a caderneta de poupança voltou a registrar um rendimento de 6,17% ao ano independentemente da variação da Taxa Referencial (TR).
Em maio do ano passado, o governo mudou as regras de remuneração da poupança. O rendimento passou a ser atrelado aos juros básicos da economia, rendendo 70% da aplicação, mais a Taxa Referencial, quando a taxa básica fixada pelo Banco Central estiver igual ou abaixo de 8,5% ao ano. Isso para aplicações feitas de 4 de maio de 2012 em diante (nova poupança).
Até então, com a Selic em 8,5% ao ano, o rendimento da poupança, para as “novas aplicações”, estava em 5,95% ao ano, mais a variação da taxa referencial – que está em zero ou pouco acima disso (rendendo, somente para alguns vencimentos, 6,17% ao ano).
Atratividade
O vice-presidente da Associação de Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), Miguel Ribeiro de Oliveira, avaliou que a poupança ainda é interessante com a alta dos juros – que também tornam mais atrativas as aplicações em fundos de renda fixa.
“Toda vez que a Selic sobe, você torna atrativos os fundos de renda fixa. Mesmo com a subida do juro básico, que faz com que os fundos passem a ter mais valorização, a poupança vai continuar se destacando porque não tem Imposto de Renda e nem e taxa de administração”, avaliou ele.
Segundo cálculos da Anefac, a poupança só perde para os fundos, independentemente do prazo de resgate, quando a taxa de administração cobrada pelos fundos for a mais baixa (de 0,50% ao ano) normalmente para aplicações de valores maiores acima de R$ 50 mil.
Fundo de reserva
Especialistas avaliam que, independentemente do rendimento, a caderneta de poupança ainda é uma boa opção de investimento para pequenos poupadores, para pessoas que buscam aplicações de curto prazo ou que procuram formar um “fundo de reserva” para emergências – uma vez que não há incidência do Imposto de Renda.
Nos fundos de investimento, ou até mesmo no Tesouro Direto, programa do governo de compra de títulos públicos pela internet, há cobrança do IR e, na maior parte dos casos, de taxa de administração. Nos fundos de investimento e no Tesouro Direto, o IR incide com alíquota regressiva, ou seja, quanto mais tempo os recursos ficarem aplicados, menor é o valor da alíquota incidente no resgate.
Por: G1
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Publicado em: 05/09/2013 às 21:07
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