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A realidade alagoana e o programa Mais Médicos

Os médicos brasileiros e estrangeiros do programa Mais Médicos estão chegando e sendo recepcionados em nosso Estado. Que sejam bem-vindos e tenham realmente todas as condições possíveis de trabalho para o cumprimento satisfatório de suas missões. Dos compromissos que assumiram desde que se formaram e assumirão, correspondendo aos anseios e às esperanças não apenas dos enfermos, mas de toda uma nação que jamais deixará de precisar de serviços de saúde da melhor qualidade sem ter a necessidade da busca por assistência médica em locais distantes, até mesmo de outros Estados e países.

Logo realizarão os primeiros contatos necessários e ansiosamente esperados com os alagoanos. Com este povo elogiado e reconhecido mundialmente por suas ricas tradições, riquezas naturais e hospitalidade. Identificando-se com o Estado que, apesar das conquistas asseguradas a todos os brasileiros com a instituição do Sistema Único de Saúde (SUS), segue carente de assistência médica em unidades públicas e conveniadas ao SUS na capital e no interior, devido aos problemas que são do conhecimento dos governantes e dos governados há não poucos anos.

Infelizmente, estamos entre os Estados mais conhecidos também por uma série de indicadores negativos. Pela maneira como apareceu, por exemplo, já neste ano, através de uma reportagem da Folha de S.Paulo com o Índice de Desenvolvimento da Família (IDF) crítico (0,58), o último de toda a região nordestina, empatado com o Maranhão, apesar de ter melhorado a renda dos segmentos mais pobres da população brasileira.

Ainda de acordo com a Folha, na avaliação dos componentes do indicador, só empatamos com a média brasileira em vulnerabilidade da família (0,73). Nos demais, a nossa média estadual fica sempre abaixo da média nacional. Quanto ao acesso ao conhecimento, a média de Alagoas é de apenas 0,37. Já no acesso ao trabalho, a média nacional é de 0,29, a nossa é de 0,27. No componente disponibilidade de recursos, a média brasileira é de 0,64 e a de Alagoas 0,56; no componente desenvolvimento infantil, a média nacional é 0,84 e a de Alagoas é 0, 82. E, por último, no componente condições habitacionais a média brasileira é 0, 77 e a de Alagoas é 0,75.

O país inteiro espera, naturalmente, poder comemorar, já nos próximos meses, o bom êxito do novo e um dos mais polêmicos programas do governo federal na área da Saúde, criado com a finalidade de possibilitar a contratação de profissionais brasileiros e estrangeiros para ampliar o atendimento em nossas cidades mais pobres e distantes dos principais centros urbanos. Pois, conforme disse a presidente Dima Rousseff, na última quarta-feira, a saúde das pessoas não pode esperar até que os médicos se formem, e esse é um problema em caráter emergencial.

 

Por: Gazeta de Alagoas

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Publicado em: 14/09/2013 às 08:41

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