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Alagoana doa leite materno e ajuda a salvar a vida de 265 bebês em SP

Por dois anos, a dona de casa Ivaneide dos Santos doou 34% do leite que foi para congeladores de um hospital público da Zona Sul de São Paulo.

A maioria das mães brasileiras amamenta os filhos por pelo menos quatro meses. E, para garantir essa proteção a um número maior de bebês, o país tem uma rede de solidariedade de 180 mil mulheres que doam parte do seu leite.

Uma alagoana, que mora na periferia de São Paulo, ajudou a dar vida e saúde a mais de duas centenas de crianças.

Foi tudo por causa da Valentina. Quando ela nasceu, mesmo depois da mamada, a mãe, Ivaneide, ainda tinha leite de sobra e resolveu compartilhar. Em dois anos doou 344 litros para um banco de leite de um hospital público da Zona Sul de São Paulo. Ivaneide ajudou a salvar a vida de 265 bebês.

“Não foi com essa pretensão de chegar a essa quantidade, mas eu fiquei super feliz”, declara Ivaneide dos Santos Lima, dona de casa.

A carinha saudável de Enzo, hoje com um ano e meio,  é uma prova da ajuda de Ivaneide.

“Queria agradecer você por ter doado seu leite para o meu filho, ter proporcionado vida para ele. Obrigada”, agradece uma mãe.

“Doei com o maior prazer”, diz Ivaneide.

Por dois anos, 34% do leite que foi para congeladores, foi doado por Ivaneide.

“Nós temos épocas que nós não temos muitas doadoras, e ter uma doadora que pode fornecer 34%, que forneceu 34% em dois anos, é muita coisa”, declara Cheung Russo, médica responsável pelo banco de leite.

A Organização Mundial de Saúde considera a Rede Brasileira de Bancos de Leite a maior e mais complexa do mundo: mais de 300 pontos de coleta e armazenamento, que por ano recolhem, em média, 166 mil litros de leite humano.

Mesmo assim, falta leite. Só o Distrito Federal é autosuficiente. “Os outros demais estados da federação têm uma demanda muito maior do que os bancos podem ofertar”, diz Maria José Mattar, consultora do Ministério da Saúde.

Na UTI neonatal, o leite humano é mais do que alimento, é parte do tratamento de todos os prematuros.

Rafael é um deles. Ele nasceu com 740 gramas. Agora, depois de dois meses, ele está pesando 1,6 quilo e, para crescer e ficar um pouco mais forte, ele está recebendo a cada duas horas 25 ml de leite humano.

A mãe de Bianca passa o dia ao lado da filha, que não consegue respirar sozinha. Ela dá carinho, mas não pode dar o leite.

“Se não fosse essas mães que doassem, como que ela iria tomar o leitinho dela, né?”, diz Gideeme dos Santos Barbosa, dona de casa.

É por isso que o hospital fez festa para homenagear todas as mães doadoras, em especial Ivaneide.

“A gente vive em m mundo tão desigual e eu procurei fazer a diferença, e eu fiz. E foi uma coisa que eu fiz de coração”, diz Ivaneide.

 

Por: G1

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Publicado em: 20/08/2013 às 13:27

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