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Gecoc prende quadrilha acusada de dezenas de crimes, após tentativa fracassada de sequestro

Foram cerca de três semanas de investigações, feitas com autorização judicial e, após um trabalho de inteligência minucioso, o Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc) do Ministério Público Estadual de Alagoas prendeu, com o apoio Polícia Militar, oito pessoas acusadas de dezenas de crimes de roubos contra residências e veículos, ‘saidinhas de banco’ e sequestros. A operação começou no final da tarde deste domingo (29) e terminou no final da manhã desta segunda-feira (30).

As prisões começaram a ser efetuadas por volta das 20h30 da noite deste domingo, após os acusados Pedro Ricardo Marques da Silva, Gílson Rosa e Devair Bispo da Silva não terem conseguido praticar um crime sequestro, orquestrado para ocorrer na cidade da Barra de Santo Antônio, litoral Norte de Alagoas. Eles foram detidos no bairro de Guaxuma, na AL-101 Norte, oportunidade em que foram apreendidos um veículo Fiesta, placa NMN-3006/Maceió-AL, uma moto XRE 300 preta, placa NMF-0944/Maceió-AL, além de duas armas de fogo calibre 38, com 12 munições intactas, uma cuja numeração é KK529404 e, a outra, de identificação suprimida. Devair Bispo da Silva é foragido da Justiça do estado de São Paulo. Lá, em tem uma condenação por duplo assassinato e deveria ficar preso até o ano de 2031. O acusado também é réu em outros dois processos, sob acusação dos ilícitos de tráfico de entorpecentes e roubo.

Na mesma noite, o Gecoc, o Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv), a Radiopatrulha e o Serviço de Inteligência da Polícia Militar também prenderam José Leandro Pimentel do Nascimento; André da Silva Firmino, Manoel Carlos Rodrigues Calheiros Júnior e Alex Soares dos Santos, todos em bairros da parte alta da cidade, identificados como membros da mesma organização criminosa. Investigações feitas com autorização da 17ª Vara Criminal da capital comprovaram que os acusados fazem parte do mesmo bando, especializado em crimes de assaltos contra casas, roubos de carros, ‘saidinhas de bancos’ e motos e sequestros.

Damião Ferreira de Lima foi o último a ser preso. Ele estava em posse de um revólver calibre 38, nº 1647673, com cinco munições intactas. Ele também foi detido num bairro do Tabuleiro do Martins. Ele já havia cumprido 12 anos de cadeia pelo crime de latrocínio, aqui em Alagoas.

Os crimes

Há suspeitas de que a quadrilha tenha participado do assalto contra a residência do prefeito de Anadia, ocorrido recentemente. Um computador laptop HP cinza, semelhante aquele que pertence ao chefe do Poder Executivo, foi encontrado com Pedro Ricardo Marques da Silva.

Já na data de 26 de setembro último, o grupo é acusado de, no horário da noite, ter roubado, no bairro da Serraria, o veículo GM/Celta, que pertence a Maria Eliane Vieira de Melo. O boletim de ocorrência nº 12-A/13-2008 comprovou a queixa de assalto. O carro foi recuperado alguns dias depois, depois de uma ação promovida pelo Gecoc e pela PM.

O Gecoc também descobriu que a organização criminosa se utilizava de parte das terras da usina Santa Clotilde, localizada em Rio Largo, para manter um cemitério clandestino de veículos. Lá, na manhã desta segunda-feira, foram encontradas cinco carcaças semi-desmontadas de veículos roubados. Elas estavam nos lotes 12.003 e 12.006 da indústria. Os automóveis foram identificados como um Celta branco; um Agile chumbo; um Voyage prata, um Prisma prata e outro, completamente queimado, cuja identificação não foi possível.

Prisões em flagrante

Em ofício enviado ao delegado plantonista da Central de Flagrantes, os promotores Alfredo Gaspar de Mendonça, coordenador do Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas, e o promotor Antônio Luiz dos Santos Filhos, que também integra o Gecoc, solicitaram a prisão em flagrante delito dos oito acusados: José Leandro Pimentel do Nascimento; Damião Ferreira de Lima; André da Silva Firmino; Devair Bispo da Silva; Gílson Rosa; Manoel Carlos Rodrigues Calheiros Júnior; Alex Soares dos Santos e Pedro Ricardo Marques da Silva.

“Em razão de monitoramento autorizado judicialmente, nós fizemos uma solicitação para que fossem lavrados os autos de prisão em flagrante de todos os envolvidos. Não nos resta dúvida de que eles se associaram para o cometimento de ilícitos e tinham tarefas divididas dentro do bando”, explicou Alfredo Gaspar.

“O crime de associação criminosa é permanente e enseja prisão em flagrante”, diz texto do ofício encaminhado à Polícia Civil.

 

Por: MPE/AL

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Publicado em: 01/10/2013 às 07:34

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