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História de assombração rondam corredores do Banco Central

Além dos ‘fantasmas econômicos’ que a autarquia enfrenta para combater a inflação, funcionários da instituição juram ter visto espíritos circulando pelo edifício.

BRASÍLIA – Não são apenas os fantasmas econômicos que rondam o Banco Central. Assombrações de verdade atormentam a autarquia. Pelo menos é o que garante quem trabalha lá há muitos anos. Os corredores do famoso prédio preto no centro da capital federal são cenário de várias histórias arrepiantes. O local predileto dos espíritos: os arredores da enorme sala do Comitê de Política Monetária (Copom), no oitavo andar. Nem mesmo os diretores são deixados em paz.

O executivo responsável pela administração do BC é um deles. Antes de chegar ao Copom, Altamir Lopes, assumiu vários postos na autarquia. Certa vez, tomou posse de uma sala após a morte de um colega querido, que deixou de herança um barzinho recheado de garrafas de whisky e uma coleção de copos. Há gente que jura que voltava toda noite para bebericar.

– Um funcionário da minha equipe que nunca passava do horário, porque dizia que ouvia o barulho dos copos batendo nas garrafas – conta Lopes, às gargalhadas.

Todo segurança antigo tem história para contar. Um até pediu transferência. Desistiu da ronda da madrugada após ver uma pessoa com uma lanterna vagar pelos corredores. Há quem fale que ele viu o próprio reflexo, mas ele jura de pé junto que não.

– Mas isso é conversa de muito tempo atrás, moça, ninguém gosta de falar nisso aqui não – desconversa um vigia.

Outro ex-sentinela carrega a pulga atrás da orelha. Altas horas da noite, viu um homem continuar a trabalhar no mezanino acima da sala do Copom. O vigilante não apagou a luz e nem trancou a porta. Na ronda seguinte, o homem não estava mais lá. Não passou pela portaria e nem pela garagem. Mistério.

– Eu passei a não sair do elevador quando fazia a ronda. Olhava tudo com o pé na porta – conta o aflito, que pediu anonimato após longo suspiro.

Outro caso fantasmagórico, conhecido por todos seguranças, é o da mulher que passeava à noite na plataforma que divide o edifício ao meio e fica em frente à sala do Copom. O episódio é divertidamente tratado como “a mulher de branco”, uma referência à fogosa personagem de alvas vestes da novela Tieta, que atacava os andarilhos de Santana do Agreste.

_Ixi! Não tem um segurança aqui que não saiba da história da mulher de branco – diz um segurança.

Há quem dê risada, há quem fuja do assunto. O medo tem origem na construção do edifício, inaugurado em 1981. Dizem que vários pedreiros morreram na obra. Na verdade, apenas um perdeu a vida, ao cair na concretagem. No entanto, a crença é que fantasmas estariam por trás de grandes estalos ouvidos por anos. Agora, os barulhos acabaram.

-O prédio deve ter se acomodado de vez – suspira aliviado um. – Ou os espíritos foram embora.

Por: O Globo

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Publicado em: 19/01/2014 às 21:44

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