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Por melhores salários, bancários entram em greve a partir desta quinta

Os bancários rejeitaram, na semana passada, a oferta de reajuste salarial de 6,1% apresentada pelos bancos e decidiram entrar em greve nacional por tempo indeterminado a partir desta quinta-feira, informou Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.Em comunicado, a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), informou que os 6,1% de reajuste apenas recompõem a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). A categoria cobra reajuste salarial de 11,93%, que inclui 5% de aumento real.”Esperamos que os bancos retomem as negociações o mais rápido possível, com reajuste compatível com a riqueza do setor. Só assim a greve vai acabar”, disse, em nota, Juvandia Moreira, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.

Além do reajuste, os trabalhadores querem Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de três salários mais R$ 5.553,15. Enquanto isso, as instituições financeiras, representadas pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), propuseram 90% do salário mais valor fixo de R$ 1.634.Conforme o diretor de Relações do Trabalho da Fenaban, Magnus Ribas Apostólico, o momento atual exige cautela, pois a “economia está num ritmo mais lento, as margens de todos os setores estão mais apertadas e a geração de emprego está em queda. “É um momento de se preservar conquistas e não de aumentar custos, por isso a proposta prevê manutenção do poder aquisitivo.”Pela proposta, o piso salarial para bancários que exercem a função de caixa passará para R$ 2.182,36 para jornadas de seis horas. Entre outros benefícios, estão previstos reajuste do auxílio refeição, que sobe para R$ 22,77 por dia; a cesta alimentação passa para R$ 390,36 por mês, além da 13ª cesta no mesmo valor e auxílio-creche mensal de R$ 324,89 por filho até 6 anos.Segundo o Procon, caso o consumidor não consiga pagar pelos meios eletrônicos, deve entrar em contato com a empresa e solicitar outra opção de local para efetuar o pagamento (internet, sede da empresa, casas lotéricas, código de barras para pagamento nos caixas eletrônicos), que deve ser fornecida pela empresa.

“Caso o fornecedor não disponibilize outro local de pagamento, o consumidor deve documentar esta tentativa de quitar o débito, podendo registrar uma reclamação junto ao Procon. O consumidor não pode ser prejudicado por problemas decorrentes da greve: a responsabilidade do banco pelos prejuízos causados aos consumidores decorre do risco de sua atividade e não pode, a pretexto de greve, ser repassado ao consumidor”, diz o site da instituição.

Proposta

A proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) apresentada no dia 6 de setembro previa reajuste salarial de 6,1% e ressaltava que o piso salarial da categoria subiu cerca de 75% nos últimos 7 anos e os salários “foram reajustados em 58%, ante uma inflação medida pelo INPC de 42%”. Conforme a federação, o piso salarial registrou aumento real de 23,21% e por isso a proposta é significativa tendo em vista o momento econômico.

Procedimentos para o consumidor

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) sugeriu, em nota, que a população use os canais alternativos para a realização de transações financeiras e pagamento de contas. “Os bancos oferecem aos clientes opções como os caixas eletrônicos, a internet banking, o aplicativo do banco no celular (mobile banking), operações bancárias por telefone e também pelos correspondentes, que são casas lotéricas, agências dos Correios, redes de supermercados e outros estabelecimentos comerciais credenciados”.

Procon

O órgão de defesa dos consumidores orienta que mesmo com a greve dos bancos, as contas devem ser pagas no prazo. “É importante que o consumidor fique ciente de que não liquidar a fatura, boleto bancário ou qualquer outra cobrança, que saiba ser devedor, não o isenta do pagamento, se outro local lhe for disponibilizado para realizá-lo”, diz nota do site.

 

Por: Terra

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Publicado em: 19/09/2013 às 13:32

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